Vazante

0 Comments

Tags:
  • Life

    Vazante

    Vejo asas,

    brancas asas

    no alem-terra, no alem-mar.

    Vontade de ancorar.

    Em desdeim a revoada chega.

    e valsa e baila bela

    pela fresta da janela

    e depois se vai.

    Esvai-se assim o néctar

    pingo - a - pingo.

    Verte-se em palavras

    derivadas de notas musicais,

    grunhidos rítmicos,

    baticuns de noites em quintais.

    E se esvai

    Vazios a casa e o coração,

    Cheiro de maresia na porta, no portal,

    virtude matinal

    de sol, luz e madrigal.

    E as asas - eternas asas

    se espalham, se espelham

    se assemelham a erosão

    não da terra,

    nem da serra ou do chão.

    Erosão da alma.

    Mar em calma.

    calmaria.

    Turbilhão.

    E se esvai.

    -

    Sandra L. Rodrigues

    Poem Comments

    (0)

    Please login or register

    You must be logged in or register a new account in order to
    leave comments/feedback and rate this poem.

    Login or Register

    Poetry is not an expression of the party line. It's that time of night, lying in bed, thinking what you really think, making the private world public, that's what the poet does.

    Allen Ginsberg (1926-1997) U.S. poet.

    mariadapoesia’s Poems (24)

    Title Comments
    Title Comments
    Vazante 0
    Departure 5
    Death 6
    Triste Poema Patrio 1
    Definindo 1
    Mareio 0
    Crente 2
    Desabrochar 0
    Impossivel 1
    Outside 3
    Summer 2
    The secret 3
    The War Crossed My Path 4
    Confession 0
    Beautiful 0
    The Bird 1
    Daniel 3
    Last Song 4
    Selfish 2
    By the River 4
    Elegy (To Pedro Bulfon) 2
    Motion 2
    Rescue 2
    Light 1