Desabrochar
Fico com as palavras travadas na boca:
gosto amargo, cheiro ativo e cru.
Cores fortes
lua mansa bailando sobre águas,
ondas azuis e liquidas
desmaiando sobre areia branca:
Tudo isso desenhando vida dentro aqui.
Não adianta querer fustigar-me
Apegando-me ao corriqueiro:
Inútil trazer mensagem
Que não fosse prima tangente de mim.
A palavra me atiça,
possibilita as asas, o fogo e o carmim.
As desabrocho.
Sem manhas, sem versos, sem remorso
Um simples ato de papel e tinta, um fluir.
Por isto estou aqui.
A palavra pesa. Me dobra. Me conquista.
Necessitamos explodir.
Gesto, busca, compulsão.
Quem nos ouvira por fim?
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