Mareio
Não consigo encontrar a palavra-elo.
o que tento dizer se perde nas nuances do pensar.
Um emaranhando,
uma verdadeira teia a me paralisar.
No entanto tudo esta vidente:
o verde, o azul, a semente
e os pássaros em voos leves e diurnos
a esfatiarem o céu.
Banho de luz, manifesto.
Sim, há uma simetria na paisagem
promessa de um universo liberto.
há brilho e há fagulhas
e um certo ofegar
se faz presente no vento.
E' necessário se estar atento,
perceber-se do átomo, o movimento
e do sol as centelhas que despontam.
Mas há mareio,
tontura de quem não tem
a resposta na ponta da língua -
Torre de Babel.
E a poesia em vestígio canta o dia
e entre os contrastes
descobre a harmonia
e a embala carinhosamente
em colorido pedaço de papel.
Retire-se do meu relato o véu.
--
Sandra L. Rodrigues
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